domingo, 13 de dezembro de 2009

O rei da semana.


Ninguem aproveita a semana como ele. Eterno filho de pais ricos, ele vive da idenização da morte dos dois em um avião no Panamá.O avião não caiu. O pai se engasgou com um amendoim, a mãe foi tentar ajuda-lo e sofreu um infarto na tentativa.Na época, uma mulher qualquer o aconselhou a viver a vida intensamente. Ele concordou.

A semana tem sete dias. Segunda, ele se dedica a levar chicotadas de alguma namorada. Terça, ele recebe na face, as ejaculações de um coral inteiro de crianças louras. Quarta, ele dorme em uma cama no quintal, uma cama feita de pregos.Quinta, ele dedica a escrever longos textos, errar algumas virgulas e ser castigado pela falta de atenção. Sexta, ele come merda.

Quando os primeiros raios de sol do sabado atravessam a janela do quarto dele, um homem usando uma mascara com o rosto do seu falecido pau, enfia um punho inteiro em seu amado ânus.O sangue mancha os lençóis e ele lambe a mão do mascarado. O gosto de fezes e sangue o conforta. No domingo, ele chora aterrorizado ao constatar que é prisioneiro de um juramento que nem era tão necessário. Então, chega segunda-feira.

6 comentários:

  1. eu não queria ser esse cara...nenhum dia da semana...muito menos no sábado...

    ótimo texto, aguardo atualiazações...

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  2. Se eu fosse católico, diria: NOSSA SENHORA DAS BIZARRICES!!! Sei nem o que comentar... só vc mesmo!

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  3. Tu és o gênio das frustrações do Marquês, tavez a reencarnação deste, querendo escrever o que não conseguia imaginar à época.

    Meu escritor favorito és tu.

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  4. Muito docaralhamente tosco, gostei praca.

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